sexta-feira, 22 de julho de 2011

Diabetes x Alimentação

O diabetes mellitus, é uma doença crônica, genética e hereditária, mas pode se desenvolver ou não conforme a soma de alguns fatores, entre eles a obesidade, certos distúrbios endócrinos e o uso abusivo de carboidratos simples na dieta. Sua manifestação é decorrente da ação inadequada da insulina, ou seja, a resistência à insulina, podendo ser atenuada ou evitada através de uma alimentação adequada e exercícios físicos regulares.

Na resistência à insulina a glicose não consegue entrar para as células e fica na corrente sanguínea. Muito se tem falado sobre as causas desta resistência e dentre elas estão o aumento da inflamação (produção de citocinas inflamatórias que levam a uma alteração conformacional das células, aumento do hormônio do estresse, dentre outros inúmeros fatores que serão postados no blog em breve), aumento das espécies reativas de oxigênio (radicais livres), ácidos graxos saturados e trans provenientes da alimentação, deficiência de alguns minerais e vitaminas, obesidade, acumulo de gordura abdominal e defeitos genéticos que são os casos mais raros.
O Diabetes tipo 1 se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes ou idiopáticos. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina.
Para as pessoas com diabetes tipo 2, eles não só têm a condição de resistência à insulina, mas têm outro problema, que é um defeito no pâncreas que limita a produção do hormônio de insulina. É esta combinação de resistência das células e a diminuição da produção de insulina pelo pâncreas que leva a glicose no sangue à níveis elevados. Acomete indivíduos frequentemente em etapas adultas da vida e comumente está associada à obesidade e aos idosos. Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes.

A dieta e a prática regular de exercícios físicos são o melhor caminho para evitar o desenvolvimento do diabetes e principalmente, para evitar o agravamento desta doença. Mesmo com o uso de medicamentos, é fundamental ter uma alimentação sem açúcar e com alimentos ricos em fibras. O diabético que conhece a sua doença e cumpre um tratamento dietético bem orientado por nutricionista pode viver tranqüilamente uma vida normal em todos os aspectos semelhantes ao indivíduo não diabético.

De forma geral, podemos orientar da seguinte maneira:

Alimentos que devem ser evitados:

Açúcares tais como: refinado, mascavo, demerara, cristal, mel, melado, xarope de agave e frutose;

Farinha de trigo branca;

Alimentos industrializados, como suco de caixinha, temperos prontos e gelatina;

Gorduras e óleos em excesso, embutidos, carnes gordas, pele de frango, laticínios integrais, molhos, cremes e doces ricos em gordura

Bebidas alcoólicas.
Alimentos benéficos:

Ricos em fibras, como farinha da casca do maracujá, biomassa da banana verde, farinha de linhaça, farinha do feijão branco entre outros;

Trocar os pães e massas pelas versões integrais;

Frutas com casca e verduras em geral;

Proteínas magras, tais como: peixes, frango e clara de ovo;

Ricos em ômega-3, tais como: sardinha, linhaça e salmão;

Ricos em antioxidantes, tais como suco integral de uva, sem açúcar, cebola e alho, entre outros;

Ricos em vitaminas e minerais, que auxiliem no trabalho da insulina, como a quinua, o amaranto, laranja, acerola, cebola, entre outros;

Ricos em gorduras de boa qualidade, tais como as oleaginosas (castanhas, amêndoas, avelãs, nozes).

Para que a dieta auxilie é necessário conhecer e investigar cuidadosamente cada caso, de forma isolada, levando em consideração a individualidade bioquímica. Cada paciente é um caso e cada caso precisa ser olhado e cuidado em outros aspectos também. Podemos orientar a população de uma forma geral, mas o ideal é consultar um profissional especialista em nutrição para adequar a dieta conforme os hábitos e preferências do paciente. 

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